"Na década de 50/60, era muito difícil um rapaz adquirir uma bola para jogar futebol, mesmo que fosse uma bola de má qualidade. Pura e simplesmente não havia bolas para jogar. Só na cidade (como então se dizia ao referir Ponta Delgada) é que havia bolas e a um preço proibitivo para as magras bolsas dos nossos pais, na sua maioria camponeses pobres e sem dinheiro. De forma que tínhamos que puxar pela imaginação para conseguir jogar futebol. Às vezes, fazíamos bolas com papelão amarradas com barbante, outras vezes pegávamos em trapos metidos dentro de uma meia velha, e, quando se matava o porco, até a bexiga de porco servia de bola de futebol. Nesse tempo, nos Ginetes, quase todos andavam descalços, principalmente os homens, de modo que a sola do pé com o tempo ficava dura como pedra e servia de sola de sapato. [...]"
terça-feira, outubro 15, 2013
quinta-feira, outubro 03, 2013
Sexo, Crianças e Abusadores
"Como pretendíamos demonstrar, é urgente que as autoridades judiciais passem a recorrer a equipas de peritos totalmente independentes para os apoiar neste tipo de casos.
É com estes olhos que devemos ler esta obra de Filipa Carrola, que em parte alguma se preocupa com a representação social (e moral) deste fenómeno, apesar de se perceber a sua preocupação no que respeita às práticas sociais, às diversas contaminações e necessárias prevenções que habitam os medos que percorrem estes territórios. Trata-se de um documento académico e um instrumento fundamental que «vale a pena» para aqueles que no terreno se confrontam com a necessidade de pesquisar ou controlar o abuso sexual de crianças."
José Martins Barra da Costa,
quarta-feira, janeiro 02, 2013
Vitimização Criminal - Mitos e Realidades
Para além das inúmeras questões a que procurámos responder com a presente obra, destacámos três conclusões principais obtidas e que, de um modo expressivo, rompem com o discurso tradicional em torno da vitimização, sendo: 1) não é verdade que ao nível da vitimização em geral as mulheres possuam maior propensão para a vitimização que os homens; 2) apesar da admissibilidade do factor aleatoriedade em alguns episódios, a vitimização resulta sobretudo da interacção de quatro classes de factores não estanques, nomeadamente, os factores sociodemográficos, os factores contextuais, os factores grupais e os factores emocionais; 3) as estratégias de intervenção baseadas em avaliações do risco individual de vitimização constituem-se como a mais adequada forma de prevenção.
P.V.P.: 14,00 €
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