Aníbal Pires associa neste trabalho o conhecimento académico à paixão humana pelas Migrações. O conhecimento académico está plasmado ao longo destas páginas revelando novas facetas do fenómeno nos Açores – um contributo valioso para a nossa história de emissão e recepção de migrantes – com todos os cruzamentos científicos emergentes e difusores desse movimento fascinante. A paixão está na palavra, no olhar, na perspectiva, na emoção que hoje alguns investigadores defendem dever aproximar-se do estudo para lhe conferir novos sentidos.
Os imigrantes que a Região de nove ilhas formada acolhe, as suas motivações, os seus percursos, as avaliações e as representações que têm vindo a construir acerca da(s) sociedade(s) de acolhimento, com as suas culturas locais, foram o campo onde Aníbal Pires trabalhou, sem trair a sua matriz ideológica que, naturalmente, o levou a referenciar novas formas de discriminação e desigualdades tendentes à exclusão que hoje surgem em consequência de vários factores entre os quais a globalização que atinge também os Açores e a sua ultraperificidade – ainda factor de isolamento.
Em contrapartida, também nestas ilhas se reflectem práticas de integração já reconhecidas e convergentes com o esforço estratégico de inserção a nível nacional. Mas Aníbal Pires prefere dar voz aos actores das migrações para a análise do processo que já transformou a face dos Açores e lhe ofereceu uma nova e diversificada dinâmica cultural. Ao incorporar a auto análise dos agentes migratórios, o autor liberta vozes muitas vezes silenciosas e tímidas porque vulneráveis ou fragilizadas pelo actual decréscimo de possibilidades de mão-de-obra.
Obrigada, Aníbal Pires, por este livro e pela correcção com que as teorias servem a apresentação desta nova realidade, central no mundo, relevante noa Açores.
Os imigrantes que a Região de nove ilhas formada acolhe, as suas motivações, os seus percursos, as avaliações e as representações que têm vindo a construir acerca da(s) sociedade(s) de acolhimento, com as suas culturas locais, foram o campo onde Aníbal Pires trabalhou, sem trair a sua matriz ideológica que, naturalmente, o levou a referenciar novas formas de discriminação e desigualdades tendentes à exclusão que hoje surgem em consequência de vários factores entre os quais a globalização que atinge também os Açores e a sua ultraperificidade – ainda factor de isolamento.
Em contrapartida, também nestas ilhas se reflectem práticas de integração já reconhecidas e convergentes com o esforço estratégico de inserção a nível nacional. Mas Aníbal Pires prefere dar voz aos actores das migrações para a análise do processo que já transformou a face dos Açores e lhe ofereceu uma nova e diversificada dinâmica cultural. Ao incorporar a auto análise dos agentes migratórios, o autor liberta vozes muitas vezes silenciosas e tímidas porque vulneráveis ou fragilizadas pelo actual decréscimo de possibilidades de mão-de-obra.
Obrigada, Aníbal Pires, por este livro e pela correcção com que as teorias servem a apresentação desta nova realidade, central no mundo, relevante noa Açores.
Alzira Serpa Silva
P.V.P.: 12,00 €